Nestes dias em que tenho tido tempo para "descansar" um bocado, tenho aproveitado para ver uns filmes que tenho na minha lista de filmes agendados no Wareztuga. São 123 filmes e tenho conseguido ver 1 por dia e agendar mais 5. Estou num bom caminho...
Um dos filmes que vi nestes dias (para aí ontem) foi o Gone Girl (vulgo, Em Parte Incerta), onde a tipinha psicopata escrevia um diário.
No início do filme pensei "Jesus, é mesmo isto que eu preciso, o blog já não me chega, preciso de um diário para escrever todos os dias, mesmo que a entrada seja 'não fiz um piço do dia de hoje'. Preciso de algo catártico e que eu abra daqui a uns anos e pense 'eu era a tipa mais estúpida do século'. Preciso de um registo palpável de tudo o que se tem passado na minha vida, só porque sim, de forma pessoal, de forma íntima, de forma a que me exponha e me consiga perceber. Preciso disso."
No final do filme, vi que a senhorazinha tinha escrito um diário irreal e de forma planeada e só pensei que não era, de todo, aquilo que eu queria.
Vi mais dois filmes: um documentário sobre Anne Frank e o Still Alice (vulgo, O Meu Nome é Alice).
Encontram alguma semelhança?
Anne Frank ficou popularizada pelos seus diários.
O Still Alice aborda o Alzheimer e a Alice começa a escrever tudo o que se passa para se conseguir lembrar das coisas às quais já não tem acesso de forma natural.
Perceberam o meu processo inconsciente?
Eu preciso de um diário íntimo e pessoal!
Pensei em comprar um caderno e fazer uma espécie de Diário de Anne Frank, claro que não tão bom.
Mas sabem a verdade?
A minha caligrafia é péssima e nem eu entendo o que escrevo.
Opção excluída.
Os meus poemas, livros, histórias, etc, é tudo escrito no computador e guardo tudo numa pasta bem identificada porque senão esqueço-me. Se identificasse um diário, qualquer pessoa com acesso ao meu computador, tinha também acesso ao meu diário.
Opção excluída.
Não exclui com medo que as pessoas saibam o que eu penso, até porque eu digo tudo o que penso e tudo o que sinto. Mas porque muitas das minhas coisas estão relacionadas com os meus pais e não quero, muitas vezes, que eles "ouçam" o que penso. Então, esqueçam o Cachos D'ouro crítico e sarcástico.
Acho que, se conseguir, vai passar a ser o meu diário.
Íntimo e pessoal.
Pelo menos enquanto tiver necessidade disso.
E se não o quiserem ler, tudo bem. A minha vida dava um filme, mas todas as vidas davam, por isso este blog não vai ser nem mais um bocadinho interessante. Vai ser igual a dantes, mas diferente.
Conseguem entender?
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