sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Dia Normal



O que seria de esperar de um dia normal com um exame de Época de Recurso para fazer, a única oportunidade, aliás, que tive para fazer a cadeira:

  • Acordar a horas;
  • Fazer o exame;
  • Fazer a mala;
  • Voltar para casa.
Mas como todos os dias que são programados para serem normais se revelam uma autêntica caixa de Pandora, os meus dias normais não podiam ser exceção.
Até acordei a horas, o que é de admirar, até cheguei a tempo ao exame, o que é mais de admirar, mas fiquei logo a saber que podia ter passado na frequência de início se não tivesse sempre a cabeça no ar e não tivesse deixado uma folha inteira com perguntas para responder por não ter visto essa folha. Só o primeiro ponto.

Nada melhor do que combinar um almoço com a afilhada, numa proximação intimista, partilha de segredos, gostos e "não-gostos"... mas conheci um monte de pessoas nesse almoço.
Um almoço "pelas redondezas" acabou numa ida ao shopping, numa descoberta de mundos e fundos, num envolvimento com pessoas novas, completamente desconhecidas e que me fizeram sentir em casa longe de casa. 

Uma visita pela cidade - agora minha - onde, ao ver o contentamento na cara daqueles que a viam pela primeira vez, voltou todo o friozinho na barriga que senti quando, eu própria, avistei Coimbra pela primeira vez. Toda a sua magia de novo, o peito cheio de orgulho ao mostrar um território no qual já me sinto confortável e uma vontade imensa de querer mais e mais, fez com que o cansaço não pesasse, com que a energia não esgotasse, com que a vontade não cesasse e com que eu perdesse 2 comboios!

A verdade é que toda a carga emocional que Coimbra acarreta me fez perceber que a amo muito e que a amo cada vez mais a cada dia que passa, que é o meu porto seguro e o meu refúgio, que é o sítio onde eu dou as maiores cabeças e onde vivo os melhores momentos da vida, o sítio que me faz querer chorar de dor, de cansaço, de angústia e onde me rio à gargalhada, onde sinto a euforia, onde batalho mais, onde vivo os melhores dias da minha vida. 

Coimbra ensinou-me que não há dias normais, todos os dias são uma surpresa, todos os dias acontece o impensável, "qualquer dia, o dia chega" e o inalcançável alcança-se em segundos.

Que passemos muitos mais dias normais, afilhada do meu coração <3 div="">



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