terça-feira, 12 de maio de 2015

Journal



Nestes dias em que tenho tido tempo para "descansar" um bocado, tenho aproveitado para ver uns filmes que tenho na minha lista de filmes agendados no Wareztuga. São 123 filmes e tenho conseguido ver 1 por dia e agendar mais 5. Estou num bom caminho...
Um dos filmes que vi nestes dias (para aí ontem) foi o Gone Girl (vulgo, Em Parte Incerta), onde a tipinha psicopata escrevia um diário.
No início do filme pensei "Jesus, é mesmo isto que eu preciso, o blog já não me chega, preciso de um diário para escrever todos os dias, mesmo que a entrada seja 'não fiz um piço do dia de hoje'. Preciso de algo catártico e que eu abra daqui a uns anos e pense 'eu era a tipa mais estúpida do século'. Preciso de um registo palpável de tudo o que se tem passado na minha vida, só porque sim, de forma pessoal, de forma íntima, de forma a que me exponha e me consiga perceber. Preciso disso."
No final do filme, vi que a senhorazinha tinha escrito um diário irreal e de forma planeada e só pensei que não era, de todo, aquilo que eu queria.
Vi mais dois filmes: um documentário sobre Anne Frank e o Still Alice (vulgo, O Meu Nome é Alice).
Encontram alguma semelhança?
Anne Frank ficou popularizada pelos seus diários.
O Still Alice aborda o Alzheimer e a Alice começa a escrever tudo o que se passa para se conseguir lembrar das coisas às quais já não tem acesso de forma natural.
Perceberam o meu processo inconsciente?
Eu preciso de um diário íntimo e pessoal!

Pensei em comprar um caderno e fazer uma espécie de Diário de Anne Frank, claro que não tão bom.
Mas sabem a verdade? 
A minha caligrafia é péssima e nem eu entendo o que escrevo.
Opção excluída.
Os meus poemas, livros, histórias, etc, é tudo escrito no computador e guardo tudo numa pasta bem identificada porque senão esqueço-me. Se identificasse um diário, qualquer pessoa com acesso ao meu computador, tinha também acesso ao meu diário. 
Opção excluída.
Não exclui com medo que as pessoas saibam o que eu penso, até porque eu digo tudo o que penso e tudo o que sinto. Mas porque muitas das minhas coisas estão relacionadas com os meus pais e não quero, muitas vezes, que eles "ouçam" o que penso. Então, esqueçam o Cachos D'ouro crítico e sarcástico. 
Acho que, se conseguir, vai passar a ser o meu diário.
Íntimo e pessoal.
Pelo menos enquanto tiver necessidade disso.

E se não o quiserem ler, tudo bem. A minha vida dava um filme, mas todas as vidas davam, por isso este blog não vai ser nem mais um bocadinho interessante. Vai ser igual a dantes, mas diferente.
Conseguem entender?


http://sensacionalista.uol.com.br/wp-content/uploads/2013/06/mi-diario.jpg

Sem comentários:

Enviar um comentário

Os comentários servem para exprimir emoções. Emoções servem para exteriorizar afectos. Se te afecta, exprime-te. Se não, exprime-te na mesma :D
Liberdade de expressão!