segunda-feira, 4 de maio de 2015

O Primeiro



"Sabes perfeitamente que te amo e que sou louca por ti.
Para além de saberes também o sentes muito bem e ainda o vês nos meus olhos, não é verdade?
És tudo o que eu mais quero neste mundo. 
Desculpa-me se não sou perfeita e se nunca o vou ser, mas garanto-te que só quero fazer-te feliz.
Achas que isto não é amor de verdade?
És o melhor vício de todos.
O "mais bom", o mais giro, o mais gato, o mais perfeito, o melhor namorado do mundo inteiro.
Amo-te violentamente, daquele amor que faz doer o coração, Não imaginas, nem sonhas sequer."


Jurei, durante muito tempo, que namorado meu não havia de ser estudante de Direito, ou empresário, ou fazer o que quer que seja que esteja relacionado com cuidados de saúde, desde médicos a paramédicos a assistentes de primeiros socorros. Essas pessoas têm todas a mania.
Jurei que namorado meu não havia de ter a mania. Não havia ser beto, armado em rico, a gastar rios de dinheiro numa universidade privada onde um ano da licenciatura me pagava o curso inteiro. Essas pessoas são más.
Jurei que namorado meu iria aceitar um não sempre que o dissesse, que não se ia armar em parvo que tem sempre a razão e que não se ia pôr com discursos intermináveis sobre coisas que eu não entendo. Eu ia ser sempre a mais inteligente da relação e a razão seria minha.
Jurei, ainda sobre esse assunto, que não ia voltar a dizer "Amo-te" pelo poder da palavra, que ia ser firme e dura e sempre, sempre politicamente correta. Não ia, de maneira nenhuma, confiar a minha vida de qualquer jeito.

Jurei e menti.

Um mês depois de todas essas juras, descubro-me fraca e és tu quem me faz ser assim. Porque te amo.
E pouco me importa se vais para Angola ou para o Haiti, se vais para o Kosovo ou para a Síria, se és jurista ou advogado e empresário e paramédico ou socorrista e formador e missionário. Pouco me importa que sejas "o betinho da Foz" e que não ouças os meus "cala-te"... pouco me importa, porque te amo.
E achava eu que ia levar as coisas muito, muito devagar?! Como se já não me conhecesse de ginjeira e soubesse que sou do mais impulsivo que existe. Ia levar isto tão devagar que um mês depois já planeamos uma vida em conjunto, um Moisés e uma Mara, uma biblioteca e um ginásio, viagens regulares e um casamento majestoso.
Não sei dizer por que é que te amo. Sei que somos completamente opostos e quanto mais te conheço mais coisas em comum encontro. Tão em comum, que até me deixas sonhar com coisas parvas e, em vez de me mandares calar, sonhas comigo.
Não sei por que é que te amo, mas amo.
Parabéns por me aturares este mês ;)



Podia corrigir os meus olhos, mas dá muito trabalho.

Há Diogos perfeitos!

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