segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Vamos por partes #1



Debate "Violência nos Afetos"

Lembram-se de vos ter dito que a coisa para o debate não estava bem parada?
Pois, não estava mesmo.

Demorou uma eternidade para finalizarmos os leques dos oradores. Ponto 1.
Estou cansada, zangada e exausta com o facto das pessoas acharem que é giro ter atividades extra-curriculares nos currículos e depois deixarem o trabalho todo para as mesmas pessoas. Ponto 2.
A população, em geral, em vez de se preocupar com o bem-estar da humanidade preocupa-se com o sorriso da Activia nas suas próprias barrigas. Ponto 3.

Expliquem-me se por acaso fica bem no currículo dizer que se faz parte de uma Juventude partidária, mesmo que não se mexa uma palha?
É que eu tenho ambição política, mas estou farta e cansada de trabalhar sozinha. 
De que me serve ter criado uma das maiores estruturas a nível concelhio e manter uma reputação incrível a nível nacional (no que toca à política, claro) se tenho de fazer tudo sozinha e andar a alimentar egos à custa do meu sangue, suor e lágrimas (literalmente) ?
Digam-me que há dias em que vos apetece estourar com tudo, mesmo aquilo que vos deixa felizes, para eu não me sentir sozinha!

Há muitas coisas que eu não percebo, mas o que me deixa mesmo frustrada e que eu acho completamente incompreensível é, muito provavelmente, o cinismo.
Por que é que as pessoas dizem uma coisa e fazem outra?
Não sou muito apologista daquela máxima do "olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço". De que me serve ser uma excelente oradora se os meus atos dizem que sou uma excelente cabra?
Não consigo perceber - e não me cabe na cabeça - como é que há catequistas/professores (e não só, evidentemente) que passam horas, semanas, meses e anos a ensinar aos seus pupilos a serem bons uns com os outros, mas se negam a ajudar quem quer que seja. E nem estou a falar de pobrezinhos e coitadinhos. Convenhamos... a hipocrisia mata-me!

E pronto...
Depois de todo o stress em ter uma atividade minimamente apresentável, de reunir o leque de oradores, de arranjar tudo do mais chique e politicamente correto que há, o que é que podia faltar?

1 - A má vontade das pessoas, ao retirarem o projetor e o sistema de som, de propósito.
2 - A má vontade de outras tantas pessoas para emprestarem o projetor e o sistema de som.

Graças a Deus, tenho uns tios espetaculares que continuam a salvar-me as costas, vezes atrás de vezes. Qualquer dia fartam-se... espero que esse dia não chegue nunca.

Parece que está tudo finalizado, não é?
Mas claro que não!

Eu. toda chique, elegante e aprumada, que nem uma mulher de negócios com a reputação que tenho tido que nem sei de onde apareceu, de vestido, saltos altos e blazer, cabelo arranjadinho e maquilhagem engraçada. O que é que podia correr mal?
Dar um grande trambolhão, mas daqueles mesmo à maneira, rasgar as meias, sangrar quanto podia, amarrotar-me toda, fazer grande ferida no queixo e no nariz (sim, caí de cara) e apresentar uma palestra super importante toda suja de terra.

Feedback da população, em geral?
 - Foi giríssimo, toda a gente adorou, estavam todos entusiasmados, toda a gente a querer fazer perguntas, melhor coffe break e melhor convívio, parabéns, és espetacular.

O meu feedback?
 - Karma, vai-te embora!

Sangue, suor e lágrimas, lembram-se?
Só faltaram as lágrimas. Essas, fizeram um percurso interno...



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