sábado, 27 de junho de 2015

Eu também sonho



Meus amigos,

Hoje tive um daqueles sonhos que nem dá para perceber se se está mesmo a sonhar ou a viver. Daqueles que são tão reais e acontecem com tanto pormenor que parece que é a nossa vida. Acordei de tal maneira atordoada que nem conseguia caminhar em condições.
Já não me acontecia ter um sonho destes há bastante tempo. Realço que não estou a falar de pesadelos (esses, tenho muito frequentemente), mas daqueles sonhos estranhos que quase nos tiram a respiração e o raciocínio. E o desta noite foi especialmente absurdo.

O sonho começa comigo de retiro com catequistas que não conheço de lado nenhum e com as minhas crianças (elas têm entre 6 e 7 anos), numa versão graúda, isto é, eram todos mais altos que eu, com estaturas para aí de 15 anos, mas no meu sonho continuavam a ter a idade real (6/7).
Entretanto, um dos miúdos fazia anos. Eram um Miguel, extremamente grande e robusto, daqueles de meter medo, que fazia 17 anos. De realçar que eu dou catequese ao primeiro ano e os miúdos estavam todos no primeiro ano. Este tinha 17 anos e estava, também, no primeiro ano.
Um dos catequistas que estava no retiro comigo não sabia quem era esse Miguel. Eu fui chamá-lo para o apresentar ao catequista. 
Adivinhem quem era o catequista!
O David Beckham.
Com o Miguel veio o seu melhor amigo Gonçalo (não há nenhum Gonçalo na minha trupe do pateta), que me abraçou carinhosamente (e kinda intimamente) e começamos a rir-nos à gargalhada feitos loucos.
Nesse preciso momento decidi que ia ver filmes sem parar.
Liguei a televisão e comecei a ver filmes. De repente, já não estava em retiro nenhum, nem com miúdos, nem catequistas, nem nada. Estava sozinha a ver um filme da Disney, super ensonada e quase a adormecer num sofá dessa mesma casa (a casa do retiro).
Essa casa era a "minha" casa. (eu não conheço a casa de lado nenhum, mas no sonho era a minha casa)
O filme da Disney acaba e começa aquela parte dos créditos e eu já estava meia hipnotizada com a música e comecei a adormecer.
De repente, dá-se-me um vipe maluco e levanto-me num ápice porque pensei: "estou há muito tempo sem a minha mãe" (a minha mãe tinha saído de casa para fazer não sei o quê e ainda não tinha voltado).
Saí de casa, primeiro a conduzir o meu carro. Quando saí do portão de casa, tinham acabado de lá montar um posto de abastecimento de combustível e tive de atravessar a gasolineira com o carro. Quando termino essa travessia já estava de bicicleta. Mas não era uma bicicleta normal, era uma espécie de Segway com pedais. 
Olho para o lado e vejo que estou na praia, tenho de atravessar toda a margem da praia para encontrar a minha mãe. 
A minha casa ficava literalmente no meio do mar.
O fim dessa margem levava a um museu de pintura (onde estava a minha mãe) e eu pedalei imensamente rápido nos últimos metros para lá chegar. Vinha uma senhora idosa, na direção contrária à minha, de trotinete. Atrapalhou-se com a minha velocidade e caiu redonda no chão. Ajudei-a a levantar e segui caminho.
Cheguei ao museu, de bicicleta, e por lá pedalei até encontrar a minha mãe. Vi-a a mudar para um corredor do lado esquerdo, mas não fui atrás dela, continuei até ao fim do corredor em que estava só para ter a certeza que ela não estava lá. Quando me virei para trás, para fazer o caminho inverso, já não estava de bicicleta, mas de canadianas. Caminhava com ambos os pés e ambas as pernas, mas tinha canadianas a auxiliar o meu andar. 
Lá fui ao encontro da senhora minha mãe e voltei a perdê-la. Olho, de repente, para trás e vejo que ela está sentada numa mesa, a chorar, a falar com uma senhora. Já não era um museu, mas um Banco, com mesas onde os senhores jogavam cartas e podiam beber café.
Voltei-me para ir ter com ela e vi que tinha a perna presa na mesa de um senhor que estava a ler um livro. Quando me mexi para tirar de lá a perna sem o perturbar, saiu-me a prótese. Eu não tinha perna! Era uma prótese. E vi perfeitamente o coto a baixo do meu joelho e senti verdadeiramente o movimento da minha perna amputada. O senhor da leitura lá se levantou para me ajudar a colocar a prótese e demorei tanto tempo, tanto tempo, tanto tempo a colocá-la de novo que o senhor exclamou: "realmente, isto é um pedaço de máquina. Haja coragem!".

O meu sonho terminou assim. Sem falar com a minha mãe, sem caminhar novamente e a única coisa que passava pela cabeça do meu Eu no sonho era "deixei as portas de casa abertas".

Têm noção da quantidade de informação que isto revela a meu respeito?
Jesus Cristo!



http://www.mensagenscomamor.com/images/interna/new/curiosidades_sobre_os_sonhos.jpg

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