quarta-feira, 25 de março de 2015

A vida anda acelerada



E se não tinha a certeza, agora já tenho!

Um marido, casado há mais de 50 anos, decide, um dia, chegar a casa, matar a mulher e suicidar-se.
Teve toda uma vida, todos uns 50 anos para o fazer. Mas não o fez. Jurou-lhe amor eterno. Amou-a no último momento. Matou-a. E matou-se. Coimbra.

Uma mãe há 13 anos, pediu ao namorado para que ele violasse a filha dela para ter a certeza de que a criança ainda era virgem. Depois de ganhar consciência de que se tinha transformado num violador, o rapaz termina a relação de um mês com a mãe da criança e, esta última, como vingança, decide denunciá-lo à polícia. Ela era mãe. Se a criança era virgem deixou de o ser. Deixou de o ser pelas "mãos" do namorado da mãe. A mãe denunciou um crime pelo qual pediu e ao qual assistiu. Não foi condenada. Oliveira de Azeméis.

Percebem por que é que digo que a vida está acelerada?
As pessoas perderam consciência dos seus atos.
Violência sempre houve, mas não me parece que houvesse em tão grande escala, em tão grande número, neste nosso país tão pequeno.
As pessoas já não sabem lidar com os seus próprios problemas, com as suas próprias vidas, com os seus próprios pensamentos, e descarregam em quem lhes aparece à frente e, na maioria das vezes, em quem mais lhes é significativo.
As pessoas já não sabem o que são, mas continuam a abandonar animais, sem saber que, elas próprias, já se abandonaram a elas mesmas.
As pessoas esqueceram-se das suas próprias vidas de tal maneira que tudo o que importa é a Casa dos Segredos e as polémicas com o Quintino Aires.
A mim apetece-me dizer que só cá vim "ver a bola".


http://lounge.obviousmag.org/palavras_soltas/2013/04/05/imagens/loucura-2.jpg

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