terça-feira, 10 de março de 2015

Festival da Canção 2015



Ai, amigos, o que me apetecia dizer sobre esta coisa do festival.

Primeiro - qual é o problema com a música portuguesa e as músicas para o festival?
Segundo - que ideia peregrina foi essa da organização não adotar o formato convencional de fazer uma visita aos distritos, em votação, e mandar o público votar em 2 momentos e da mesma forma? Já para não falar de que os resultados saíram sempre demasiado rápido.
Terceiro - qual é a cena dos portugueses e porquê que continuam tão discriminatórios e preconceituosos?
Quarto - por que razão é que a Simone e a Adelaide se acharam com capacidades para concorrer ao festival? Só me fazem pensar que andam metidas nas drogas. 

Quero deixar, já aqui, uma nota:
Embora pareça pelo meu tom que estou contra a canção vencedora, quero já afirmar que não é verdade. Tanto não estou contra que até dou os meus mais sinceros parabéns à Leonor e ao Miguel, boa sorte a representar Portugal, torcemos pela vossa música.

E agora esmiuçando:

Não consigo perceber por que é que nenhuma das músicas levadas a concurso fica no ouvido e por que é que são tão pouco "festivaleiras". Portugal nunca ganhou um festival da Eurovisão, mas foi lá e passa na televisão, as pessoas têm visto, todos os anos, as músicas que são levadas a concurso pelos outros países e que género de música é que tem vencido. Porquê que os portugueses são teimosos e fazem "orelhas moucas" à música?

Não gostei do formato, não gostei da ideia de haver 3 "episódios" de festival, nem do facto de não se ter feito uma avaliação justa, nem da rapidez com que foi apresentado como se estivesse constantemente a passar a imagem de que era uma obrigação fazer-se o festival RTP da canção.

Acho que de todas as 12 músicas apresentadas, a única que ficava mais no ouvido era a "Dança, Joana" que nem sequer passou à final. Ok, sem ressentimentos. Mas de todas as músicas da final, por que razão é que a "Outra Vez Primavera" nem sequer passou aos 3 primeiros? É que não consigo perceber! Para mim, foi a música com a melhor letra, a melhor interpretação e a melhor voz. Sabem quais são as duas razões que eu encontro? Discriminação e preconceito!
Já para não falar que acredito que a "Há um Mar que nos Separa" só ganhou porque há demasiada boa gente com 74 cêntimos no telemóvel a gostar demasiado de Miguel Gameiro e/ou Polo Norte. Porque Portugal continua a funcionar assim.

Tenho de pensar que a Simone e a Adelaide estão a cair no esquecimento e necessitaram de ir ao festival reavivar a memória das pessoas que ouvem música portuguesa.
Sobre isso tenho a dizer que podiam ter pensado melhor ou, pelo menos, ter pensado duas vezes.
É que não avivaram grande coisa, cantaram mal e as músicas não eram nada de especial.
Para além disso, já tiveram o seu "momento festival", já o ganharam (a Simone ganhou duas vezes, por sinal), já representaram Portugal lá fora, já lutaram por um lugar melhor na Eurovisão. Já chega! Está na hora de darmos lugar a caras novas, a sangue fresco, a músicas diferentes, a vozes limpinhas, a personalidades que não se associem a nada mais, ou a pouco mais, que o festival. 
O que me leva a pensar que a Simone só ficou nas 3 primeiras pelo simples facto de ser Simone e "ai e tal" que faz 50 anos que foi representar Portugal na Eurovisão. Parabéns, Simone, obrigada pela representação. Mas uma homenagem era suficiente, não era preciso ter-se tirado o lugar a quem merecia ter disputado uma grande vitória neste festival RTP da Canção.

Tenho a acrescentar: Yola, tens o meu apoio, valha isso o que valer!



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